escrevo porque gosto, escrevo para me libertar, não para agradar. ps. todos os textos são da minha autoria, os créditos inventaram-se por alguma razão.

fevereiro 17, 2010

Em busca do Inexistente



Outra noite em branco a pensar no que foi e no que poderia ter sido.

Num silêncio profundo, apenas o som dos ponteiros do relógio segundo a segundo.
O tempo passa e eu apenas a olhar o infinito, como outrora fizera. Durante anos.
Aquele vazio não me era de todo desconhecido.

Milhares de miragens do passado atravessaram os meus olhos. Aquele cortinado, aquelas pequenas frechas de luz, aquele receio do que poderia surgir, aquela imobilidade, aquela inocência trazida pelas lágrimas, aquele sentimento inexplicável …

Um vazio, um espaço por preencher. Sempre existiu, sempre esteve ali.
Sem razão, sem história, sem causa… aparente. Algo em falta, algo que persiste, algo importante.

A ausência do nada. Dei-lhe este nome porque estou em busca do nada. Algo que ninguém sabe o que é, algo que não se vê!

Uma busca que quando penso que desapareceu, face a uma felicidade radiante. Oh sim, porque ela existe; a Felicidade Mentirosa. E com cada mentira, cada desilusão. E volta. A necessidade de procura retorna.
Nada. Nada.

Este nada que é nada mais, nada menos algo suficiente para me atormentar todo este tempo, todos estes dias, todos estes anos.
Que tem uma extraordinária capacidade, impressionantes efeitos.
Algo tão grandioso assim… é crime chama-lo de nada. Está sempre presente, a cada passo meu.
E mesmo não sabendo o que é nem o porquê de existir, fez com que eu seja eu.
Procuro por Tudo.

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