Sabes... Ao longo do meu crescimento sempre ouvi a minha mãe dizer: "O que doí, cura." Sempre associei essa pequena frase a dores exteriores, só hoje percebi que tinha um segundo sentido nas entre-linhas.
Tenho me tornado muito mulher a teu lado, oh meu querido, se tenho... E como forma de agradecimento tenho-te oferecido toda a minha sinceridade.
E, por isso, confesso, é uma tortura para mim ouvir o telemóvel vibrar... Sempre que isso acontece imagino durante dois longos segundos quem poderá ser, retirando logo a hipótese de seres tu, por motivos óbvios. E quando és, quem me dera que não tivesses sido, pois sinto as tuas mensagens como cubos de gelo.
Mas se há alguém capaz de me fazer gargalhar, quando não tenho a mínima vontade de sorrir sequer, esse alguém és tu. Mas peço-te que desta vez não o faças, e não me peças para não chorar. Preciso de chorar, preciso de chorar muito. Mas isso é bom! "O que doí, cura"
E estou a curar-me, sim. Estou a renascer dos meus erros. E única coisa que peço com todas as minhas forças, é que esperes pela minha cura. Não deixes fugir por entre os dedos o que ainda não foi levado pelo silêncio.
Tenho uma grande admiração por ti, como cresceste tanto, em tão pouco tempo! E agradeço-te por me teres mostrado as bases de um grande sentimento. E agora percebo. E agora sou eu quem to digo: Temos tempo. O tempo não pára, mas muito menos acelera. E deixo-te, como sinónimo desta confissão, estes grandes tijolos que um dia irão ser a base de uma grande amizade.
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