escrevo porque gosto, escrevo para me libertar, não para agradar. ps. todos os textos são da minha autoria, os créditos inventaram-se por alguma razão.

março 24, 2011

Resultado de um castelo de areia destruído.


Se ao menos alguém soubesse que por trás deste sorriso se encontram mil lágrimas contidas.
Se ao menos alguém me explicasse porque é que tudo está a ir no sentido oposto, de tudo o que é imposto.
Se ao menos alguém conseguisse perceber o porquê das minhas atitudes.
Se ao menos alguém me dissesse o que fazer, por que caminhos seguir...

Ninguém pode imaginar tudo o que me sai destes poros, tudo o que vai na minha alma é um segredo bem guardado.
Tudo o que posso tornar público é que o meu oxigénio está a chegar ao fim.
Estou saturada de contrair suspiros diariamente, estou cansada de ouvir conversas alheias afiadas em cada canto quando tudo o que quero é o silêncio da minha solidão.
Sinto que estou mais uma vez a escalar uma montanha, que para além de infinita está cheia de obstáculos traiçoeiros.
Não peço por pontos de abrigo, rejeito-os. Tudo o que quero é não precisar deles.
Como se não bastasse, ainda sou especialista a magoar-me a mim mesma. Cedo aos meus caprichos incapazes de serem substituídos, e até dou por mim a imaginar reviravoltas nesta história, em que tudo vai passar subitamente do horrível para um paraíso.
Continuo a sonhar acordada, apesar de já ter batido, inúmeras vezes, com a face no vidro quase invisível daquela porta... nunca passou de um erro causado pelo desejo.
É impossível de contornar. Sempre tive esperança, vou ter sempre esperança...
e isso vai ser o que me vai matar.

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